Na última quarta-feira (08), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) divulgou imagens inéditas de povos indígenas isolados na Terra Indígena Massaco, localizada entre os municípios de Alta Floresta D’Oeste e São Francisco do Guaporé, em Rondônia. As imagens, capturadas por meio de monitoramento, também confirmam a presença de grupos isolados na Terra Indígena Kawahiva do Rio Pardo, em Mato Grosso, através de vestígios encontrados em julho.
A divulgação tem como objetivo reafirmar a ocupação desses territórios por povos indígenas, destacando a importância da proteção de suas terras para garantir a sobrevivência desses grupos. A Funai está utilizando tecnologias de monitoramento que evitam o contato direto, assegurando a autonomia e o bem-estar das comunidades.
Atualmente, a Funai mantém 11 Frentes de Proteção Etnoambiental (FPEs), sob a coordenação da Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC), da Diretoria de Proteção Territorial (DPT). A atuação dessas frentes visa proteger os indígenas isolados, preservando suas formas de vida e garantindo que sua autodeterminação seja respeitada.
O trabalho é conduzido pela DPT da Funai, com a colaboração das Frentes de Proteção Etnoambiental Madeirinha-Juruena e Guaporé, especializadas na proteção de povos indígenas isolados, com foco na Amazônia Legal, onde esses grupos são mais prevalentes.
Monitoramento e Ações de Proteção
Entre janeiro e abril de 2024, uma equipe da Base Massaco, composta por oito profissionais especializados, percorreu cerca de 65 km para registrar vestígios e planejar futuras ações de monitoramento. Em fevereiro, uma câmera instalada em uma trilha conseguiu capturar imagens de um grupo de nove indígenas do sexo masculino, com idades estimadas entre 20 e 40 anos. Embora as condições climáticas tenham afetado a qualidade das imagens, o registro foi crucial para estudar o comportamento e as características físicas dos indígenas.
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